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Medo do Futuro?

Obra online: medodofuturo.cubiculo.phenomena.pt
1 de Julho – 17h • Conversa com Sara Carinhas e Ricardo Jacinto, moderada por Tiago Bartolomeu Costa: https://www.youtube.com/watch?v=WXQi18Oz_nc
01.07–05.10.2020
Cubículo 2020

Arkadi Zaides

(Bielorrússia, 1979)
É um coreógrafo, dançarino e professor independente. Emigrou para Israel em 1990 e atualmente vive em França. Trabalha como coreógrafo freelancer desde 2004 e muitos dos seus trabalhos foram exibidos em inúmeros festivais internacionais em todo o mundo. O trabalho de Arkadi Zaides examina as maneiras pelas quais os contextos políticos e sociais afetam o corpo físico e constituem a coreografia. A sua prática visa desafiar e inspirar os públicos. Oferece um domínio inclusivo que reúne diversas comunidades e setores da sociedade concentrando-se principalmente no setor
árabe, em Israel.

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Ricardo Jacinto

(Leiria, 1975)
É um artista plástico português e violoncelista focado na relação entre o som e o espaço. Vive e trabalha em Lisboa e Belfast. Licenciado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa e em Escultura e Artes Visuais Avançadas na Ar.Co em Lisboa. Atualmente doutorado em Música e Artes Sonoras pelo Sonic Arts Research Center em Belfast. Desde 1998 tem apresentado o seu trabalho em exposições individuais e coletivas, concertos e performances em Portugal e na Europa, e tem colaborado extensivamente com outros artistas, músicos, arquitetos eperformers. É membro fundador da OSSO – Associação Cultural.

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Os artistas multidisciplinares Ricardo Jacinto e Arkadi Zaides encontram-se, pela primeira vez, para um programa que desafia a percepção da realidade através da manipulação de imagens e sons.

A partir da uma imagem da ilha de Lesbos, manipulada digitalmente por Arkadi Zaides, e transformada sonora e sensorialmente por Ricardo Jacinto, MEDO DO FUTURO é uma dupla instalação visual e sonora que questiona os limites da apropriação artística face ao potencial de controlo e de vigilância que as tecnologias oferecem.

As propostas convivem, por iniciativa curatorial dos alunos do 2º ano da licenciatura em Programação e Produção Cultural, num exercício de especulação sobre os limites da verdade, da informação e da responsabilidade de quem observa e participa, num convite à apropriação individual, à observação ativa e à criação de mecanismos de reação que ensaiem formas de anulação das distâncias física e emocional.

Numa afirmação artisticamente comprometida com a realidade trágica e quotidiana dos refugiados no Mediterrâneo, a experiência de observação é sublinhada pelo sentimento de falência política e ética que transforma a presença do visitante num espectador cúmplice.

É importante fazer notar que a abordagem a que os dois artistas se sujeitam não pressupõe uma interpretação apolítica do contexto social a que as obras fazem alusão. Precisamente por admitirem que, tal como eles, também os visitantes acedem à imagem e informação mediatizada, o trabalho de identificação das memórias, das marcas e das histórias que possam guardar-se – e esconder-se – no silêncio da imagem e na fantasmagoria do som, são armadilhas estéticas.

Nada nesta obras faz alusão direta a casos específicos, antes criando uma atmosfera perceptiva e intuitiva, onde, pela acumulação de informação, pelo cruzamento de várias fontes de informação – documental, jornalística, estética, artística – se instaura uma relação de proximidade e reconhecimento.

Iludidos pela cor – quente, apaziguadora, quase onírica – e pelo som – espectral, atmosférico, sensitivo, acedemos a um universo de referências especulativas a partir de memórias e de sensibilidades humanistas. Mais do que uma obra de denúncia, é um diálogo de frases que desaparecem, mais do que serem fixadas, construindo uma relação temporal e física alerta o suficiente para nunca se confundir – ou querer interpretar taxativamente – o drama mediterrânico.

— Tiago Bartolomeu Costa

Curadoria • Gestão • Produção
Licenciatura em Programação e Produção Cultural (2º ano 2019/2020) André Viola, Lara Peças, Luís Ferreira, Nazar Skrabut, Telma Peças e Usha Ramgi
Folha de Sala e Programa de Activação
Licenciatura em Programação e Produção Cultural (2º ano 2019/2020) Tiago Bartolomeu Costa
Orientação Curatorial
Lígia Afonso, Ricardo Pimentel
Orientação de Produção
Ricardo Pimentel
Orientação de Programa de Activação
Ana João Romana Sílvia Moreira
Orientação de Comunicação
Carla Cardoso
Gestão de Projeto
Luisa Arroz Albuquerque
Design Gráfico
Nayara Siler
Web
(Somewhere Nice) Tiago Abelha e Carlos Quitério
Organização
Licenciatura em Programação e Produção Cultural Cubículo Cátedra Unesco em Gestão das Artes e da Cultura, Cidades e Criatividade ESAD.CR / IPL
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